Era a casa mais torta que alguma vez vi. Tinha tinta de um amarelo trocado, janelas e portas com esquadria só de manhã. Por cima o telhado queimado, a lembrar uma camisa por passar. Por baixo o chão que só se endireitava ao longe.
Em volta o jardim ria de tudo aquilo e acenava a cada pessoa que passava. Em especial uma flôr esbranquiçada que nessas alturas fingia até ter raiz na terra do vizinho.
Era a casa mais torta que alguma vez vi, mas pior era não reconhecer sequer uma casa, em pedaços de gente que se fizeram por ali.
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