terça-feira, novembro 03, 2009

MenteQueVives - Rua com saída

Abriu a janela como se não visse a rua, à espera.
Alinhou o olhar com o horizonte. O mesmo que a perseguia desde a adolescência, umas vezes espremido pelo bafo do céu, outras mimado pelo brilho do mar. Era por ele que abria a janela.
Eu cá em baixo, continuava a ver uma rua impaciente. Ora parada, ora a saltar. Ora esforçada, ora vidrada.
E ela coninuava serena, a levar para casa uma janela e para a rua, uma saída.

1 comentário:

Maria disse...

Acho que não deve haver nenhuma "mulher-de-beira-mar" que não se reveja neste poema. Eu sou uma delas!
Lindo!