Caminhava sem saber que também procurava algo com os pontapés que dava no ar. Pequenos pontapés.
Talvez pelo som, talvez pelo brilho, talvez por um arrepio, notou naquele momento, que havia uma medalha dourada a querer entrar na sua vida. Guardou a medalha e um sorriso, não sabendo ainda que um dia não iam caber os dois dentro dela.
Passou o tempo. O suficiente para perceber que havia um leão marcado na medalha, que já estava marcado na sua pele. O relevo daquele momento, vivido anos antes, era já muito grande e não podia esperar mais. Não podia guardar mais aquele sorriso, ansioso por de uma vez por todas dar-lhe a mão e mostrar-lhe que era o signo da vida que aqueles pequenos pontapés tinham encontrado.
(Para a Bela e Hugo)
2 comentários:
Conheço um sagitário que também merecia uma medalha, pelo que escreve e secretamente sente :)
A Bela e o Hugo ganharam outra medalha, feita de um outro material que não é ouro porque brilha muito mais..."cada criança que nasce é um sinal renovado da confiança de Deus na Humanidade".
Hey, vamos ganhar mais um pedacinho de céu, já que é dessa matéria que as crianças são feitas! :)
Eu não teria expressado melhor aquele que é o sentimento diário nestes últimos tempos :)
Obrigada Miguel :)
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