Na casa dele cabiam cabides para casacos dos outros, haviam luzes que economizavam solidão, sabia-se o tempo pelo movimento nas paredes.
No dia que deixei de o conhecer pela boca larga de um jornalista, emagreci o desconhecimento que julgava ter dele e junto à portada, ainda junto à portada, sorrimos. Talvez pela diferença de idades comum mas diferente, talvez pela guitarra portuguesa a lembrar anos verdes, talvez pela cumplicidade da sombra de uma oliveira, naquele momento tanto dele como minha. Com o cheiro a café misturado no açucar da sua conversa, num alpendre interior à sua alma, exterior à casa, conheci uma multidão.
No dia que deixei de o conhecer pela boca larga de um jornalista, emagreci o desconhecimento que julgava ter dele e junto à portada, ainda junto à portada, sorrimos. Talvez pela diferença de idades comum mas diferente, talvez pela guitarra portuguesa a lembrar anos verdes, talvez pela cumplicidade da sombra de uma oliveira, naquele momento tanto dele como minha. Com o cheiro a café misturado no açucar da sua conversa, num alpendre interior à sua alma, exterior à casa, conheci uma multidão.
Quando mostrei a minha felicidade já regressava sozinho a outra casa, que também seria dele.
Miguel Alves
1 comentário:
Já li isto noutro palco.
Volto aqui porque tambem noutro palco tens um texto novo.
Gosto da maneira como "brincas" com as palavras...
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